O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) pagará, em 31 de maio, a revisão do artigo 29 para cerca de 42 mil segurados com benefícios ativos, que foram prejudicados por erro de cálculo do instituto nos benefícios por incapacidade liberados no início dos anos 2000.
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Notícia
Dólar cai a R$ 1,675 um dia após alta do IOF
Medida "paliativa" para coibir excesso de dólar não tem resultado
O mercado de câmbio recebeu com ceticismo ontem o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 2% para 4% para estrangeiros aplicarem em juros brasileiros. No lugar de subir, como espera o governo e até parte do mercado, o dólar retrocedeu mais 1% e desceu para R$ 1,675 -menor patamar desde setembro de 2008.
O "timing" do governo para subir o IOF e agir contra a valorização do real não poderia ter sido pior. O Japão praticamente zerou os juros, e as Bolsas disparam pelo mundo -na Bolsa de Nova York, o Dow Jones subiu 1,8% e o S&P 500 teve alta de 2%.
O mesmo ocorreu com as commodities (o barril de petróleo subiu 1,7%, para US$ 82,82 em Nova York) e as principais moedas internacionais. O dólar recuou mais 0,8% em relação ao euro.
Diante daquilo que o ministro Guido Mantega (Fazenda) chamou de "guerra cambial" no mundo, bancos e demais investidores querem ver o "arsenal bélico" do brasileiro -o uso do Fundo Soberano e a venda de derivativos- para lutar contra a percepção de que a "enxurrada de dinheiro" para os emergentes seguirá firme.
REALIDADE GLOBAL
Uma das dúvidas é a capacidade de articulação dos países em desenvolvimento (a maioria concorrentes) com os EUA e a Europa para frear essa realidade de apreciação das moedas emergentes.
No mercado de câmbio, o volume de negócios explodiu ontem e ultrapassou US$ 5,5 bilhões -mais de cinco vezes o US$ 1 bilhão da véspera.
Pela manhã, a moeda americana chegou a subir para até R$ 1,70, mas o avanço não resistiu ao otimismo nos mercados globais com a atuação do governo japonês para estimular a economia.
"O mundo procura se refugiar contra a desvalorização do dólar. Não é só o Brasil; procura também commodities, moedas e ações", disse Alexandre Jorge Chaia, especialista em câmbio do Insper.
O IOF de 4% leva mais da metade dos ganhos do estrangeiro que compra títulos públicos por um ano, segundo o matemático José Dutra.
Para ele, a única forma desse investidor sair ganhando agora é o dólar continuar caindo em relação ao real (veja simulação abaixo).
"Esse investidor tem muita informação e sabe avaliar bem esse risco", disse.
"O estrangeiro está ganhando menos, mas ainda leva muito. A gente está esperando até agora o efeito de quando o governo subiu o IOF para 2%. Todas as moedas estão se valorizando em relação ao dólar", disse Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora.
Para Battistel, o governo "comprou uma briga para perder". Ele tem notado as corretoras de câmbio subirem as cotações pouco antes das intervenções do BC para vender dólar mais alto à autoridade monetária.
"Há um ano, o governo fez de tudo para parar o inevitável. Agora volta a insistir na mesma tecla. O efeito prático é inócuo", disse Marco Caruso, do Banco Pine.
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