O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) pagará, em 31 de maio, a revisão do artigo 29 para cerca de 42 mil segurados com benefícios ativos, que foram prejudicados por erro de cálculo do instituto nos benefícios por incapacidade liberados no início dos anos 2000.
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BC projeta crescimento da economia de 2% e inflação de 6,1% em 2014
A estimativa de crescimento do BC é menor do que a do Ministério da Fazenda, que projetou PIB de 2,5%
A presidente Dilma Rousseff vai entregar ao final de 2014 uma inflação sem apresentar melhora em relação ao ano passado. É o que prevê o Banco Central. A projeção de IPCA de 2014 passou de 5,6% em dezembro, para 6,1% nesta nova projeção, no cenário de referência, conforme revela o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado pelo Banco Central. No ano passado, o IPCA fechou em 5,91%. No primeiro ano do governo Dilma Rousseff, a taxa foi de 6,5%, no segundo, de 5,84%.
Para o Produto Interno Bruto (PIB) do País, o Banco Central está mais pessimista. Segundo a autoridade monetária, o Brasil vai fechar o quarto ano do governo Dilma com uma alta de 2% do PIB. No relatório dezembro, o BC tinha previsão apenas para o acumulado em quatro trimestres até o terceiro trimestre de 2014, cuja projeção era 2,3%. A projeção do BC em setembro de 2013 era de crescimento de 2,5% ao longo deste ano. Em junho de 2013, o BC esperava um alta do PIB de 2,7%.
A estimativa do BC é menor do que a do Ministério da Fazenda, que projetou no relatório de despesas e receitas do Orçamento de 2014 um crescimento de 2,5% do PIB. No primeiro ano do seu governo, a presidente conseguiu um crescimento de 2,7% e, no segundo, de apenas 0,9%. No ano passado, 2,3%.
A pesquisa Focus, que coleta previsões dos analistas do mercado financeiro, projeta um crescimento de 1,70% neste ano e de 2,00% em 2015.
IPCA. Ao longo de 2013, o presidente do BC, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeram, em várias ocasiões, uma inflação menor em 2013 do que em 2012. No entanto, a expectativa das duas autoridades não se confirmou.
A queda da inflação este ano também foi uma promessa da presidente Dilma. A estimativa do IPCA para o final deste ano está ainda muito distante do centro da meta de inflação estabelecida pelo próprio governo, de 4,5%.
Para o IPCA acumulado em 12 meses no primeiro ano do próximo governo, em 2015, o BC projeta uma inflação de 6,0%. Para o primeiro trimestre de 2016, o BC estima uma inflação de 5,4%.
No cenário de mercado, a projeção para a inflação ficou em 6,2%. Como a própria autoridade monetária admite no documento, a inflação encerrará o ano acima do centro da meta de 4,5% não só no cenário de mercado como no de referência. O BC detalhou que a projeção parte de 6,2% no quarto trimestre de 2014, recua para 5,8% no fim de 2015 e no primeiro trimestre de 2016 chega a 5,2%.
Pelos dados do Relatório Trimestral de Inflação, aumentou a probabilidade de a inflação estourar o teto da meta em 2014. No cenário de referência, as chances de o IPCA ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta passou de 27% para 38%. Para 2015, essa probabilidade permaneceu em 27%. No cenário de mercado, essa probabilidade também se elevou. Para 2014, passou de 28% para 40%. Para 2015, apresentou ligeiro recuo, de 30% para 29%.
Dólar. O Banco Central usou uma cotação para o dólar de R$ 2,35. A taxa Selic utilizada foi de 10,75% ao ano. O valor é menor do que a da última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), no qual o cenário de referência levou em consideração uma taxa de câmbio de R$ 2,40 e taxa Selic 10,50%. Na última reunião do Copom, no entanto, a cotação do dólar era R$ 2,35. No relatório de inflação anterior, de dezembro, a cotação utilizada foi de R$ 2,35 e taxa de juros de 10%. A nova cotação de R$ 2,35, incluída hoje no relatório trimestral de inflação, tem como data de corte 14 de março. O valor é o mesmo do fechamento do dia de corte. Em 14 de março, o dólar fechou em R$ 2,3516.
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